Schiller e o papel da comoção na tragédia

Junho 7, 2017

 

PPG EM ESTÉTICA E FILOSOFIA DA ARTE

DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA

 

         Convidam para a curso        “Schiller e o papel da comoção na tragédia"

Ministrante: Prof.Dr.  Vladimir Vieira (UFF)

 

Dias 21 e 22/06       Horário: 14-18h

Local: Sala 12 do IFAC (Rua Coronel  Alves, 55, Centro)

 

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas na secretaria ou por e-mail  posgraduacao@ifac.ufop.br

Inscrições abertas para alunos da UFOP e de outras instituições.

Haverá emissão de certificado.

Ementa e mais  informações em  http://posdefil.ufop.br/

PPG EM ESTÉTICA E FILOSOFIA DA ARTE

DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA

 

         Convidam para a curso        “Schiller e o papel da comoção na tragédia"

Ministrante: Prof.Dr.  Vladimir Vieira (UFF)

Dias 21 e 22/06       Horário: 14-18h

Local: Sala 12 do IFAC (Rua Coronel  Alves, 55, Centro)

 

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas na secretaria ou por e-mail  posgraduacao@ifac.ufop.br

Inscrições abertas para alunos da UFOP e de outras instituições.

Haverá emissão de certificado.

 

Costuma-se dividir a breve produção teórica sobre estética de Schiller em ao menos dois grandes estágios: um primeiro momento, correspondente aos escritos da Neue Thalia (1792-1793), em que se destacaria a influência do pensamento kantiano; e um segundo, marcado pela aproximação com Goethe, que evidenciaria uma abordagem do belo e da arte mais articulada a considerações históricas e socioculturais. Essa divisão, contudo, ainda pode ser especificada com maior precisão. Pois mesmo entre os artigos  publicados em cada um desses períodos observam-se notáveis discrepâncias no tratamento de certos temas.

Um deles é a questão acerca do papel que os afetos desempenham para a experiência da tragédia. Em “Sobre a arte trágica”, de 1792, Schiller ainda parece atribuir valor estético à mera comoção, ao sugerir que “o estado do afeto por si mesmo, independente de toda relação de seu objeto com nosso melhoramento ou pejoração, possui algo deleitoso para nós”. Tal concepção se mostra incompatível com aquela defendida um ano mais tarde, em “Do sublime”, onde se afirma que “o afeto, enquanto afeto, é algo indiferente, e sua apresentação seria, considerada em si mesma, sem qualquer valor estético”.

O objetivo do minicurso é discutir as diferenças no tratamento que Schiller concede à comoção nesses dois textos. Procurarei defender, ademais, a hipótese de que elas foram motivadas pelos estudos que o dramaturgo empreendeu, no início da década de 1790, da Crítica da faculdade do juízo, articulando-se, desse modo, à estratégia mais geral de seu pensamento que intenta tornar a doutrina katiana do sublime compatível com a experiência da tragédia. 

Bibliografia primária

KANT, Immanuel. Crítica do juízo. Tradução de Valerio Rohden e António Marques. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

SCHILLER, Friedrich. Textos sobre o belo, o sublime e o trágico. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1997.

Bibliografia secundária

ALLISON, Henry. Kant’s Theory of Taste: A Reading of the Critique of Aesthetic Judgment. Cambridge: Cambridge University, 2001.

BEISER, Frederick. Schiller as Philosopher: A Re-Examination. Oxford: Oxford University, 2005.

GUYER, Paul. Kant and the Claims of Taste. Cambridge: Cambridge University, 1997.

________. “The Psychology of Kant’s Aesthetics”. Studies In History and Philosophy of Science, v. 39, n. 4 (Jan, 2009), pp. 483-94.

HINDERER, Walter. “Schiller’s Philosophical Aesthetics in Anthropological Perspective”. In: MARTINSON, Steven D. (org.), 2005, pp. 27-46.

MARTINSON, Steven D. (org.) A Companion to the Works of Friedrich Schiller. Rochester: Camden House, 2005.

REGIN, Deric. Freedom and Dignity: The Historical and Philosophical Thought of Schiller. The Hague: Martinus Nijhoff, 1965.

ROEHR, Sabine. “Freedom and Autonomy in Schiller”. In: Journal of the History of Ideas, University of Pennsylvania, v. 64, n. 1 (Jan., 2003), pp. 119-134.

 

 

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